sexta-feira, 17 de outubro de 2008

voz do mar

Voz do mar

 

 

O mar cavalgando profundo e denso

Ergue ao longe as suas longas arestas

E suave, suavemente desenrola

Suas ondas lívidas de sargaços

Que molemente erguem os seus braços

Na dura claridade da vasta tarde.

 

E plenas de espuma vagueando

Sob o sol fantástico e transparente

Há mudez que se abre em liberdade

Sem muros erguendo suas mãos

Sem pedras atiradas contra a luz

Sem pássaros esbarrando nas vidraças

Nem vozes sufocadas de avidez

Num tempo perdido sem algemas

Onde a verdade é igual a si mesma

E o silêncio é vasto mas com palavras…

 

Voz do mar, voz forte, voz de todos

Tu sim fazes eco dos teus passos

Tu sim ergues a voz e és perene!

 

Sem comentários: