sexta-feira, 17 de outubro de 2008

leva a minha voz

Leva a minha voz

 

 

 

Leva a minha voz e conta ao vento

Que este país de pedra e de cimento

Sabe gritar com voz de ferro

E beijar no silêncio e no lamento.

 

Conta-lhe que já no remoto passado

Ele soube descerrar o Horizonte

Com crença e coragem desmedida

Pelo sonho que acenava noutro lado.

 

Diz-lhe que ninguém se arrastará moribundo

Não falará com vozes murmuradas

Não falará acenando com a cabeça

O sim que é um não estrangulado.

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