sexta-feira, 17 de outubro de 2008

a uma sibila

A uma Sibila

 

 

Fala-me do teu oráculo, ó Sibila

E diz-me seguramente que no futuro

Não haverá almas acorrentadas

Nem homens derrubados sob o peso do jugo

Nem vozes silenciadas no não ser…

 

Diz-me que não haverá quem cale para não dizer

Que não haverá fachos erguidos na noite escura

Que nos guiam para onde não deve ser…

 

Diz-me que a claridade não cobrirá o seu nascer

Que o sol se erguerá em cada fresta

Que o dia será dia em qualquer dia

Que não haverá homens esfaimados de viver.

 

Diz-me, ó Sibila, que a luz será eterna

Que não será ofuscado o brilho do luar

Que não haverá ideias moribundas

Acenando no seu duro agonizar. 

 

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