A uma Sibila
Fala-me do teu oráculo, ó Sibila
E diz-me seguramente que no futuro
Não haverá almas acorrentadas
Nem homens derrubados sob o peso do jugo
Nem vozes silenciadas no não ser…
Diz-me que não haverá quem cale para não dizer
Que não haverá fachos erguidos na noite escura
Que nos guiam para onde não deve ser…
Diz-me que a claridade não cobrirá o seu nascer
Que o sol se erguerá em cada fresta
Que o dia será dia em qualquer dia
Que não haverá homens esfaimados de viver.
Diz-me, ó Sibila, que a luz será eterna
Que não será ofuscado o brilho do luar
Que não haverá ideias moribundas
Acenando no seu duro agonizar.
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