sexta-feira, 17 de outubro de 2008

tu passaste devagarinho...

 

Tu passaste devagarinho em minha vida

E tocaste a minha solidão

E como asas abrindo o Horizonte

Encheste de brisa as manhãs de Estio ardente.

 

Poderíamos ter enchido os murmúrios vastos

E ter percorridos alamedas intocáveis

E ter lançado ao vento o pleno sonho

E ter dado à vida forte alento...

 

Mas tu não ficaste

Não abriste com as mãos ensanguentadas

As correntes que algemavam nossas vidas!

Não reclamaste ao sonho teu sonho

Nem quebraste as barreiras imutáveis

E tudo ficou assim…

Na profunda e dura quietude

Como se o tempo tivesse aniquilado vastos dias…

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