Não choreis Náiades belas
Não choreis, Náiades, o belo Narciso
Não derrameis sobre a vossa beleza eterna
O clamor das vossas vozes doridas
E o brado agudo das vossas duras mágoas!
Grande era o seu destino, ó deusas!
Grande era também a sua perfeição
Mas não soube olhar-se sem se ver
E profunda foi a sua perdição…
Mas não choreis Narciso longamente
Pois encontrou a metade que buscava
E foi feliz no encontro com a metade
Mesmo que essa metade fosse o nada.
Não choreis, ó deusas, não choreis
De Narciso a busca da verdade!
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