sexta-feira, 17 de outubro de 2008

foi por ti

Foi por ti

 

 

Foi por ti que erigi os meus castelos

Foi por ti que corri contra o vento

E como Sifiso levei para diante

A pedra que me conduzia ao sofrimento.

 

Foi por ti que corri a direito

Impelida pelo sonho que acenava

E deixei para trás as minhas pérolas

Que em enlevo secretamente guardava.

 

Foi por ti que palmilhei o deserto

Em busca da planura procurada

E sem pejo engoli o travo do pó

Seduzida pela harmonia tão buscada!

 

Foi por ti que encarcerei as marés vivas

Que revoltosas buscavam a lisura

Foi por ti que corri olhando em frente

Esquecendo a verdade que fosse dura!

 

Por ti corei sem dizer nada

E depus meu véu que me resguardava

Em êxtase deliciei-me com meu novo eu

Que resplandecia e inebriado se encantava….

 


 

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto muito deste poema, tem conteudo.

Escreve muito bem e tenho orgulho em ser minha professora.