Foi por ti
Foi por ti que erigi os meus castelos
Foi por ti que corri contra o vento
E como Sifiso levei para diante
A pedra que me conduzia ao sofrimento.
Foi por ti que corri a direito
Impelida pelo sonho que acenava
E deixei para trás as minhas pérolas
Que em enlevo secretamente guardava.
Foi por ti que palmilhei o deserto
Em busca da planura procurada
E sem pejo engoli o travo do pó
Seduzida pela harmonia tão buscada!
Foi por ti que encarcerei as marés vivas
Que revoltosas buscavam a lisura
Foi por ti que corri olhando em frente
Esquecendo a verdade que fosse dura!
Por ti corei sem dizer nada
E depus meu véu que me resguardava
Em êxtase deliciei-me com meu novo eu
Que resplandecia e inebriado se encantava….
1 comentário:
Gosto muito deste poema, tem conteudo.
Escreve muito bem e tenho orgulho em ser minha professora.
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