sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Se tu estivesses agora aqui comigo

Se tu estivesses agora aqui comigo

À hora dos amplos segredos

Trocaríamos palavras inauditas

E a nossa voz venceria a voz do espaço!

 

Não haveria marulhos quebrados

Nem sons que se perdem no eco do tempo

Nem dores calcinadas pela ausência

Nem muros erguendo suas arestas!

 

A voz erguer-se-ia clara e limpa

Na frontalidade do tão buscado rigor

Que arduamente ergue sua esguia face.

 

E assim, beberíamos as níveas manhãs

E conheceríamos os murmúrios infecundos

E a voz profunda do que nunca fora dito.

 

 

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