Já não cruzo
Já não cruzo as vagas imaculadas
Dum oceano puro a encontrar
Já não elejo a dura fantasia
No céu virgem, belo de cruzar.
Já não coro com palavras intocadas
Nem sonho manhãs com cheiro a malvasia
Nem corro ao vento levando o sol poente
Nem uso as pérolas que guardava para um dia!
Já não guardo as palavras por dizer
Já despi minhas jóias, meus brocados
Trago comigo o sol de Estio ardente
Que se afaga em silêncios murmurados.
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