sexta-feira, 17 de outubro de 2008

renúncia

Renúncia

 

 

Não renuncies ao sol airoso

Que penetra duramente na penumbra

Não apagues a luz tremeluzente

Que corta a escuridão do vasto mundo!

 

Não quebres o dourado incandescente

Que soluça amargamente no triunfo

Não derrubes os cravos florescentes

Que se ergueram largamente sobre o Tudo.

 

Não deixes arrastar o purpurino véu

Sobre a claridade que se ergue sobre o mar

Não cortes as asas ao pássaro elevado

Que cruza os oceanos a encontrar…

 

Não, não dilaceres a ave ferida

Que se ergue amargurada para voar

E que procura encontrar um novo rumo

Na lama difícil de cruzar.

 

Não, não renuncies nunca por renunciar…

 

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