Renúncia
Não renuncies ao sol airoso
Que penetra duramente na penumbra
Não apagues a luz tremeluzente
Que corta a escuridão do vasto mundo!
Não quebres o dourado incandescente
Que soluça amargamente no triunfo
Não derrubes os cravos florescentes
Que se ergueram largamente sobre o Tudo.
Não deixes arrastar o purpurino véu
Sobre a claridade que se ergue sobre o mar
Não cortes as asas ao pássaro elevado
Que cruza os oceanos a encontrar…
Não, não dilaceres a ave ferida
Que se ergue amargurada para voar
E que procura encontrar um novo rumo
Na lama difícil de cruzar.
Não, não renuncies nunca por renunciar…
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