sexta-feira, 17 de outubro de 2008

a passos ligeiros abre o voraz tempo

 

 

A passos ligeiros abre o voraz tempo

 

 

A passos ligeiros abre o voraz tempo

Seu manto opaco sobre a luz diáfana

A passos apressados foge cobrindo

O ténue fulgor que vacila tremeluzente.

 

E lançando seus ais de moribundo incauto

Pedindo socorro levantando seu facho

Às vezes calando a voz que o silêncio abafa

O tempo tudo cobre com o seu duro manto!

 

E sobre o oiro, sobre o brilho incandescente

Arrastando o mutismo profundo da mordaça

Estrangula a voz nas gargantas que gritavam

E fecha-a rudemente com duras chaves.

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