A passos ligeiros abre o voraz tempo
A passos ligeiros abre o voraz tempo
Seu manto opaco sobre a luz diáfana
A passos apressados foge cobrindo
O ténue fulgor que vacila tremeluzente.
E lançando seus ais de moribundo incauto
Pedindo socorro levantando seu facho
Às vezes calando a voz que o silêncio abafa
O tempo tudo cobre com o seu duro manto!
E sobre o oiro, sobre o brilho incandescente
Arrastando o mutismo profundo da mordaça
Estrangula a voz nas gargantas que gritavam
E fecha-a rudemente com duras chaves.
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