sexta-feira, 17 de outubro de 2008

adamastor

Adamastor

 

 

Ó Adamastor que cruel profetizas

Maldições, grandes perigos, grandes guerras!

Tu, que de peito desgostoso e sitibundo

Só anseias grandes danos, grandes perdas.

 

Ó Adamastor que teus domínios guardas

Com o peito ressentido e transtornado

Cuidando assim que teu tão duro aspecto

Guardará do secreto o inviolado.

 

Ó monstro que o coração endureceste

Na silenciosa e tão profunda agonia

E sofreste a derrota de um amor

Que a tua alma trágica enobrecia!

 

Ó monstro de quem a alma é igual à minha

Que te perdeste na procura da metade

E correste ansiando a nobre causa

Encontrando a crueza da verdade…

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