E porque a minha alma é vasta demais
E porque a minha essência ao mais aspira
Vive ancorada entre o ser e o não ser
Entre o desejo, o aniquilamento e o nada...
E porque algemas a condicionam
E a constrangem a descer do sonho
Minha alma aspira ao sol do mar
Às praias longínquas e luminosas
Que se perdem no Longe do Horizonte!
E, como deuses esfíngicos que acenam
Longe no horizonte perdido
Minha alma na sua vastidão constrangida
Não sonha, não deseja, nada busca
Perdida nas teias do tempo e da lembrança
Dessa perfeição longínqua e intocada
Que se ergue na limpidez do que fora
Certa de um possível regresso
Que emergirá nas teias do tempo!
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