terça-feira, 7 de outubro de 2008

E porque a minha alma

E porque a minha alma é vasta demais

E porque a minha essência ao mais aspira

Vive ancorada entre o ser e o não ser

Entre o desejo, o aniquilamento e o nada...

 

E porque algemas a condicionam

E a constrangem a descer do sonho

Minha alma aspira ao sol do mar

Às praias longínquas e luminosas

Que se perdem no Longe do Horizonte!

 

E, como deuses esfíngicos que acenam

Longe no horizonte perdido

Minha alma na sua vastidão constrangida

Não sonha, não deseja, nada busca

Perdida nas teias do tempo e da lembrança

Dessa perfeição longínqua e intocada

Que se ergue na limpidez do que fora

Certa de um possível regresso

Que emergirá nas teias do tempo!

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